O Segundo Reinado no Brasil é um dos temas que mais aparecem na prova de Ciências Humanas do Enem. Conforme o professor de História Célio Tasinafo, professor do cursinho Oficina do Estudante, dentro do assunto, o exame aborda, principalmente, a escravidão, a abolição deste tipo de trabalho no país e a vinda de europeus para substituir a mão de obra escrava. Ele ainda acrescenta que os aspectos políticos do contexto histórico não são comuns na prova.
“A matriz curricular do Enem traz muito a questão da diversidade étnica e cultural. Nisso, o processo de imigração tem destaque, principalmente a partir de 1870, com os italianos. Os aspectos sociais e culturais do trabalho escravo também estão fortemente presentes”, diz.
O Segundo Reinado no Brasil é um dos temas que mais aparecem na prova de Ciências Humanas do Enem. Conforme o professor de História Célio Tasinafo, professor do cursinho Oficina do Estudante, dentro do assunto, o exame aborda, principalmente, a escravidão, a abolição deste tipo de trabalho no país e a vinda de europeus para substituir a mão de obra escrava. Ele ainda acrescenta que os aspectos políticos do contexto histórico não são comuns na prova.
“A matriz curricular do Enem traz muito a questão da diversidade étnica e cultural. Nisso, o processo de imigração tem destaque, principalmente a partir de 1870, com os italianos. Os aspectos sociais e culturais do trabalho escravo também estão fortemente presentes”, diz.
Além dos textos de referência, o exame também aborda o período em questões que exigem do candidato habilidades de interpretação de gráficos e de tabelas. Podem haver exercícios que mostrem mapas de tráfico interprovincial de escravos ou de localização de quilombos. O Segundo Reinado pode também ser tratado em perguntas interdisciplinares, conforme o professor.
“O aluno pode encontrar questões que misturem História com Literatura, como, por exemplo, trazendo a figura da escrava quitandeira Bertoleza, do livro O Cortiço, de Aluísio de Azevedo. Assim, o Enem consegue mobilizar conhecimento de duas áreas”, reforça Célio.
Escravidão
O uso da força motriz escrava pode aparecer sob diversas óticas no Enem. Dentre os assuntos mais comuns, Célio destaca as questões que trazem textos de referências culturais, como a capoeira, e também que mostrem como se deu o processo de abolição a partir da perspectiva dos próprios africanos e dos descendentes. O aluno também pode ser perguntado sobre a formação de importantes quilombos, como o do Leblon, no Rio de Janeiro, que tinha como símbolo as camélias.
O professor lembra que as referências bibliográficas utilizadas pelo exame não são diferentes das que os estudantes veem em sala de aula. “Os autores e os textos que o Enem gosta de colocar são muito próximos aos que os alunos encontram nas próprias leituras complementares dos livros didáticos”, explica.
A atuação dos curadores de escravos, que os representavam judicialmente no processo de alforria, após a Lei do Ventre Livre, de 1871, também é outro tema que pode ser tratado pela prova. A abolição traz ainda outra questão, como destaca Célio: “ela veio com uma falta de direitos, já que não foi criada qualquer legislação para os ex-escravos. Por isso, é um assunto recorrente”.
Imigração
A imigração de europeus e asiáticos para o Brasil foi um contraponto utilizado durante o Império à mão de obra escrava. Com a abolição, os imigrantes chegaram ao país para substituir a força motriz adotada anteriormente. Nesse contexto, Célio destaca que o exame traz as parceiras do senador Nicolau Vergueiro, firmadas em 1840, para estimular a vinda de estrangeiros para as terras tupiniquins.
“Os imigrantes chegavam aqui com um acordo de que parte da produção ficaria com eles, e a outra parcela com o dono das terras. Mas isso resultava em um endividamento, a parceria não dava certo”, explica. O emprego da mão de obra estrangeira era financiado pelos governos das províncias, e motivou a formação de novas fazendas no norte paulista, por exemplo.
O professor afirma que as questões do Enem podem mostrar quadros estatísticos comparando o ingresso dos imigrantes nas fazendas e o declínio do preço dos escravos, a partir de 1880. Os textos-base também são recursos vastamente utilizados pelo exame. “O candidato deve procurar ler as provas anteriores, além de pesquisar textos de autores da época, como Joaquim Nabuco, André Rebouças e Luís Gama. Quanto mais, melhor. Não são escritos difíceis. Além disso, há historiadores contemporâneos, como Sidney Chalhoub e João José Reis que também são utilizados nos exercícios de Ciências Humanas”, diz.
Outros vestibulares
Ao contrário do Enem, as questões políticas podem ser centrais nas provas de História que exigem do aluno conhecimento sobre o Segundo Reinado. Nos vestibulares tradicionais, o candidato deve ter domínio dos partidos políticos do Império, o conservador e o liberal, e também são perguntados quanto ao poder moderador concedido ao monarca através da Constituição de 1824, outorgada por Dom Pedro I, mas vigente durante todo o período em que o Brasil foi governado pela Família Real portuguesa.
O estudante pode encontrar também a Guerra do Paraguai e o movimento republicano, que resultou na fundação do Partido Republicano Paulista, em 1873. Nessas questões, o professor lembra que é comum que o exame aborde o tema através de textos e publicações da imprensa da época, como do jornal carioca Gazeta de Notícias.
Gabarito das questões
Enem 2010 – 1ª aplicação (questão 23): B
Enem 2010 – 2ª aplicação (questão 23): B
Enem 2010 – 2ª aplicação (questão 21): B
Enem 2015 (questão 23): E
Enem 2016 (questão 21): B
Fonte:https://guiadoestudante.abril.com.br/