Com mediação, a tecnologia pode ser usada a favor do seu filho, sim!
Jogos, brinquedos e brincadeiras são parte do processo de aprendizagem ao longo de toda a infância. Desafiam, despertam a curiosidade e ajudam a estabelecer a relação entre o indivíduo e o mundo. Com o processo de alfabetização não é diferente: eles podem ser uma ferramenta importante para a introdução ao universo das letras.
Para um nativo digital, familiarizado com recursos tecnológicos desde cedo, é natural brincar e jogar videogames, celulares e tablets. E, se tudo isso é parte do cotidiano da criança, não há porque não usar também no caminho que leva à leitura e à escrita.
“Existem aplicativos e programas que contam histórias e ensinam a identificar imagens, letras e palavras”, exemplifica Carlos Querido, coordenador de Tecnologia Educacional do Colégio Nossa Senhora do Morumbi (SP). Ele acredita que vale a pena apostar em recursos tecnológicos, tanto na escola como em casa – embora o uso nesses dois ambientes se dê de maneira diferente. “Na escola, o uso é pedagógico e há o convívio com os colegas. Já em casa, os pais devem ficar atentos à passividade. Deixar a criança jogando sozinha esvazia o sentido da atividade”, afirma. Sem falar que, sozinha, a tecnologia não garante aprendizagem nenhuma.
O mais importante, segundo Querido, é que os pais consigam organizar a rotina e ter um tempo disponível para interagir com o filho na hora de usar o tablet ou smartphone. Ele lembra que a questão da oralidade também é fundamental para a alfabetização, o que reforça a importância da mediação do adulto. Outra orientação é não dar à brincadeira o caráter de obrigatoriedade. Apresente ao seu filho o jogo ou atividade e certifique-se de que ele demonstra interesse. De outra forma, a brincadeira perde a graça e não há nada para aprender com ela.
Fonte: http://revistacrescer.globo.com