Entenda as diferenças e como aparecem a polissemia e a ambiguidade no discurso.
A polissemia e a ambiguidade são condições que frequentemente aparecem em discursos, seja de maneira intencional, seja de maneira não intencional. No entanto, diversos alunos não conseguem compreender a diferença entre as duas.
Em primeiro plano é importante entendermos que tanto a polissemia quanto a ambiguidade estão estreitamente relacionadas a multiplicidade ou duplicidade de sentidos. Enquanto a polissemia significa multiplicidade de sentidos que uma palavra ou locução podem ter em um dado contexto, a ambiguidade é a duplicidade de sentidos em uma mesma sentença.
POLISSEMIA
A polissemia é um conceito da área da linguística, e configura-se como a capacidade de um vocábulo assumir diferentes sentidos em um contexto definido.
Exemplos:
A letra de “Let It Be” dos Beatles é muito bonita.
A letra do candidato era ilegível.
O jantar à luz de velas foi feito para comemorar as bodas de casamento.
O menino estava segurando vela para o casal.
As velas do barco estavam bem armadas.
Desse modo, podemos dizer que a polissemia é amplamente explorada não só nas nossas falas do dia a dia, mas também em textos literários, como músicas, poemas e tirinhas e textos publicitários, devido sua capacidade de promoção de sentidos.
AMBIGUIDADE
A ambiguidade é considerada uma figura de linguagem, cuja característica é a duplicidade de sentidos que podem causar confusão a quem lê. Deste modo, vale salientar que a ambiguidade pode ser proposital, mas quando empregada de maneira não intencional, é considerada um vício de linguagem. Assim, é importante tomar muito cuidado com o que escrevemos, principalmente, na redação do ENEM, para evitarmos essa duplicidade.
Exemplos:
Visitei o ponto turístico do país que sofreu o atentado.
Meu tio passou o fim de semana em sua casa.
Adoro o cachorro do meu vizinho.
Desse modo, a ambiguidade deve ser evitada em redações, respostas discursivas, mensagens formais, artigos e entre outros.
Fonte: https://blog.enem.com.br/